sexta-feira, 15 de abril de 2016

As fotos da Congregação Cristã no Brasil





As doutrinas da Congregação Cristã no Brasil


  1. Nós cremos na inteira Bíblia Sagrada e aceitamo-la como contendo a infalível Palavra de Deus, inspirada pelo Espírito Santo. A Palavra de Deus é a única e perfeita guia da nossa fé e conduta, e a Ela nada se pode acrescentar ou d'Ela diminuir. É, também, o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê[31] .
  2. Nós cremos que há um só Deus vivente e verdadeiro, eterno e de infinito poder, criador de todas as coisas, em cuja unidade estão: o Pai, o Filho e o Espírito Santo[32] .
  3. Nós cremos que Jesus Cristo, o Filho de Deus, é a Palavra feita carne, havendo assumido uma natureza humana no ventre de Maria virgem, possuindo Ele, por conseguinte, duas naturezas, a divina e a humana; por isso é chamado verdadeiro Deus e verdadeiro homem e é o único Salvador, pois sofreu a morte pela culpa de todos os homens[33] .
  4. Nós cremos na existência pessoal do diabo e de seus anjos, maus espíritos, que, junto a ele, serão punidos no fogo eterno[34] .
  5. Nós cremos que o novo nascimento e a regeneração só se recebem pela  em Jesus Cristo, que pelos nossos pecados foi entregue e ressuscitou para nossa justificação. Os que estão em Cristo Jesus são novas criaturas. Jesus Cristo, para nós, foi feito por Deus sabedoria, justiça, santificação e redenção[35] .
  6. Nós cremos no batismo na água, com uma só imersão, em Nome de Jesus Cristo[36] e em Nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo[37] .
  7. Nós cremos no batismo do Espírito Santo, com evidência de novas línguas, conforme o Espírito Santo concede que se fale[38] .
  8. Nós cremos na Santa Ceia. Jesus Cristo, na noite em que foi traído, tomando o pão e havendo dado graças, partiu-o e deu-o aos discípulos, dizendo: "Isso é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isto em memória de mim". Semelhantemente tomou o cálice, depois da ceia, dizendo:"Este cálice é o Novo Testamento no meu sangue, que é derramado por vós"[39] .
  9. Nós cremos na necessidade de nos abster das coisas sacrificadas aos ídolos, do sangue, da carne sufocada e da fornicação, conforme mostrou o Espírito Santo na Assembleia de Jerusalém[40] .
  10. Nós cremos que Jesus Cristo tomou sobre si as nossas enfermidades. "Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da Igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor; e a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados"[41] .
  11. Nós cremos que o mesmo Senhor (antes do milêniodescerá do céu com alarido, com voz de arcanjo e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar nos ares e assim estaremos sempre com o Senhor[42] .
  12. Nós cremos que haverá a ressurreição corporal dos mortos, justos e injustos. Estes irão para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna.

a historia da Congregação Cristã no Brasil


Resultante de uma síntese entre elementos doutrinários de base protestante histórica (presbiteriana valdense) e o denominado Avivamento Pentecostal de Chicago (1907)[10] , a Congregação Cristã apresenta-se, inicialmente, como um segmento adenominacional e categoricamente averso ao institucionalismo eclesiástico. Seu estabelecimento em terras brasileiras ocorre no final do primeiro decênio do séc. XX (1910), em dois distintos núcleos: Santo António da Platina (PR) e São Paulo, capital. [11]
Em fins do século XIX, segundo relato de próprio punho, Louis Francesconancião da Primeira Igreja Presbiteriana de Chicago ("Prima Chiesa Presbiteriana Italiana di Chicago") adere ao batismo adulto por imersão (em oposição ao batismo por aspersão) [12] .
Submetendo-se ao referido batismo, Francescon e alguns aderentes deliberam pela ruptura para com a anterior filiação presbiteriana, dando-se, assim, origem a uma comunidade livre que mais tarde seria chamada "Assemblea Cristiana Italiana di Chicago".[13]
Posteriormente, em 1907, vem a inteirar-se acerca de um movimento em voga em Chicago: a Missão Pentecostal (sob a liderança de William Durham[14] - 943 West North Avenue)[15] . Essa missão local consistia em uma extensão do avivamento iniciado em Los Angeles, Califórnia (Rua Azuza[16] , no qual relatava-se a experiência neotestamentária descrita como "Batismo no Espírito Santo" (cuja emblemática pautava-se pelo "falar em novas línguas"[17] [18] [19] ). Nesse mesmo núcleo estiveram presentes o sueco Daniel Berg (Assembleia de Deus) e a canadense Aimeé McPherson (Igreja do Evangelho Quadrangular) [20] . Em visita à Missão Pentecostal (após convite emitido) Francescon teria recebido, conforme suas palavras,[12] uma confirmação de que o trabalho evangelístico ali desenvolvido dispunha do divino aval. Desse modo tanto Francescon como seus adeptos se fundem ao movimento presidido por Willian Durham, sendo a sua maioria agraciada com o Batismo no Espírito Santo.
Em 15 de setembro de 1907, no entanto, regressam à "Assemblea Cristiana". Essa data, descrita por Francescon como "inesquecível dia" e por Pietro Ottolini como "um dia de sacra memória", testemunha um avivamento local sem precedentes, determinando o marco inicial daquele que viria a ser catalogado como "Movimento Pentecostal Italiano" [13] . Passados três cultos, Louis Francescon é reeleito ancião.
Em viagem missionária ao Brasil e como resultante de suas prédicas, Francescon efetua a 20 de abril de 1910 na cidade paranaense de Santo Antônio da Platina o primeiro batismo. Na ocasião, foram batizados o italiano Felício Mascaro e mais dez aderentes. Depois, o pioneiro dirige-se a cidade de São Paulo, na qual confere o batismo a mais vinte pessoas, sendo estas de origem presbiteriana, metodista, batista e católica romana. Além de Francescon, diversos outros expoentes do pentecostalismo ítalo-americanos também atuaram como missionários no Brasil, tais como Luis Terragnoli, Augustinho Lencioni e Giuseppe Petrelli.
Francescon realizaria ainda mais dez viagens ao Brasil, sendo a última em 1948. Também Francescon fundaria a Assembleia Cristã na Argentina e presidiria a convenção da Congregação Cristã Pentecostal na Itália.
Para fins de uniformidade e respaldo teológico-doutrinário, convocou-se em 1927, na cidade de Niagara Falls, NY (Estados Unidos da América),[21] a Convenção da Igreja Cristã Italiana da América do Norte,[22] na qual se definiram os "12 Articoli di Fede" (12 Artigos de Fé), posteriormente adotados pelas congêneres argentinas e italianas, e pela Congregação Cristã no Brasil, sob a designação de "Pontos de Doutrina e da Fé que uma vez foi dada aos santos".
Durante os seus primeiros anos no Brasil, seus membros ou adeptos apresentaram-se informalmente como "Assamblea Cristiana Reuniti nel Nome del Signore Gesú" (Assembleia Cristã Reunidos em Nome do Senhor Jesus) ou "Congregazione Cristiana". A partir de 1928 deliberou-se pela adoção da designaçãoCongregação Cristã do Brasil,[23] registrada em 30 de março de 1936. Já em 1962 efetuou-se a alteração atualmente em vigor, substituindo-se a contração "do" por "no" (Congregação Cristã no Brasil).
Majoritariamente italiana até a década de 1930, a Congregação Cristã veio a ampliar a sua membresia estendendo-a a outras etnias. Desde 1950 faz-se presente em todo território brasileiro e em todos os demais continentes. Em 2010, contabilizou 2,2 milhões de membros declarados (no Brasil), conforme o censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística [24] [25] [26] .
Com sede administrativa estabelecida em São Paulo, capital (Brás), a Congregação Cristã no Brasil realiza anualmente a sua Assembleia Ministerial Geral (ou Reuniões Gerais de Ensinamentos - RGE), cujas finalidades, entre outras, são: a avaliação de seu atual estado e desempenho; a elaboração de estratégias e medidas interventivas e o estreitamento dos laços de unidade e cooperação entre os integrantes do seu corpo ministerial em exercício. Tais reuniões não são abertas a membros, mas somente para membros do ministério convidados.